segunda-feira, 4 de maio de 2015

Caixa reduz o percentual de financiamento imobiliário, o que dificulta a aquisição de imóvel

A Caixa Econômica Federal reduziu novamente a parcela do financiamento habitacional com recursos da poupança e próprios, acima de R$ 750 mil. A medida agora vai atingir os novos contratos de imóveis usados, a partir da próxima segunda-feira (4).
Com isso, os interessados terão que dar uma entrada maior do que atualmente. Este tipo de negócio representa 27% de todos os imóveis financiados em 2015 pela Caixa. A informação é do jornal O Globo.
Houve redução de limites para financiamento.
A cota vai cair de 80% para 50% nas operações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com recursos na poupança para imóveis de até R$ 750 mil. Já no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o percentual vai cair de 70% para 40% pelo Sistema de Armotização Constante (SAC), que é quando a prestação começa com valor mais alto e vai diminuindo no decorrer do contrato.
A Caixa divulgou nota informando que em 2015 o foco da instituição serão imóveis novos, especialmente do Minha Casa Minha Vida. Já o financiamento com recursos do FGTS, para famílias de baixa renda, não terão mudanças. A Caixa é a maior financiadora do crédito habitacional. No último dia 13, o banco aumentou as taxas de juros dos financiamentos do SFH e reduziu a cota de financiamentos para imóveis novos. Em janeiro, o banco já havia aumentando juros dos financiamentos habitacionais.
Poupança em baixa Uma das principais fontes de financiamento imobiliário do país, a poupança apresentou um saldo negativo recorde na captação no último mês. A diferença entre saques e depósitos ficou negativa em R$ 11,4 bilhões em março, de acordo com dados do Banco Central.
Foi o pior resultado desde o início da série histórica de análise da captação da poupança, iniciada em 1995. O recorde negativo anterior tinha sido registrado também este ano, no mês de fevereiro, quando a diferença tinha sido negativa em R$ 6 bilhões. Como o resultado de janeiro já tinha sido negativo em R$ 5 bilhões, até agora, no ano, a diferença entre saques e depósitos está negativa em R$ 23,2 bilhões – também o pior trimestre desde o início da série histórica.
As explicações para o resultado passam pelo menor ritmo de crescimento na renda do trabalhador, aliado a uma inflação alta e maiores gastos com tarifa e combustíveis. Isso explica o maior volume de saques do que de depósitos na poupança. Por outro lado, a elevação da taxa Selic torna os investimentos em renda fixa, como os CDBs, mais interessantes para quem quer reservar recursos para o futuro.
Outro fator que pode explicar o novo aumento nos juros da Caixa é a determinação do ministro da Fazenda, Joaquim, Levy, para que os bancos públicos deixem de oferecer facilidades de crédito. “Essa política também já completou seu curso e tem que ser modificada”, disse, classificando a medida como “uma sinalização de disciplina e esforço do governo”.
Fonte: CEF